sábado, 19 de novembro de 2011

A Gordinha do Natal.

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 HISTÓRIAS DE GORDINHA




A Gordinha do Natal

Olá meninas e meninos ... hoje vou contar o que aconteceu em uma das das minhas passagens como gordinha pela Terra.
Aproveitando o clima Natalino no ar, vou contar minha experiência como...Papai Noel!! Acreditem por ser fofis já fui ele um dia!!
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Tudo preparado para passar o Natal em São Paulo com minha família. Nesse ano  morávamos em São José do Rio Preto, mais ou menos seis horas de Sampa. Arrumei as malas com cuidado pois se esquecesse algo, já era! Coloquei a caixa de papelão recheada de presentes no carro e conferi para ver se todos foram lembrados. Parecia que teria mais um Natal normal em minha vida, mas não foi bem assim...
Chegamos na casa da minha mãe e a  alegria , o choro por matar a saudade, a confusão com as malas e as tralhas se misturaram na sala.
Começamos a preparar tudo, quando minha sobrinha na época com  quatro anos disse que o Papai Noel sempre ia na casa da vizinha dela, mas lá em casa ele só deixava presentes. "Puxa", pensei, "bem que podia ter um Papai Noel aqui também!"
"Humm... meu pai poderia ser , afinal ele está gordo! Mas não, as crianças podem reconhecer. Meu marido! Não, não, ele é muito magro, vão achar que o Papai Noel daqui não come direito. Uai, porque não eu!! Elas não vão nem imaginar que a tia Pilar ou a mamãe é o Papai Noel!".
Corri pegar a roupa vermelha do bom velhinho que minha prima havia feito uns anos antes para impressionar os filhos dela, um óculos velho da minha avó (com uns 1000 graus!! ), barba postiça, sapato do meu pai, cinto do avô e a caixa de presentes.  Coloquei tudo na garagem da minha avó que era na casa ao lado. Parecia tudo perfeito!
Jantamos, rimos e gritamos muito, sim, porque família de espanhóis catalães com italianos j, ninguém fala, todo mundo grita!!
Próximo a meia noite,  fingi me sentir mal, disse que ia na farmácia para as crianças e fui para a garagem. Comecei a me trocar e incorporar Santa Claus. Achava que finalmente meu estado físico iria me proporcionar momentos inesquecíveis de felicidade, afinal, ser Papai Noel e Rei Momo não é para qualquer um.
 De repente começo a ouvir vozes de algumas crianças da vizinhança do lado de fora, pensei que logo iriam embora. Uns 15 minutos depois as crianças se afastaram e então falei para mim mesma "É agora! Corre Pilar, sobe as escadas feito um raio, bate na janela onde as meninas estão, alguém vai abrir a porta, você entra diz  'Ho, ho, ho Feliz Natal', deixa a caixa no chão, entrega uns dois presentinhos diz que tem mais entregas e sai".
Pois bem, abri a porta da garagem  e vi uns dez meninos que estavam uns vinte metros dali, infelizmente seus pais eram do tipo que não se importavam em estar em família e muito menos em presentear no Natal, ao invés de brinquedos compravam cerveja e outras porcarias para ficarem felizes.
Quando abri o portão da casa da minha mãe, um pequeno olha prá traz e grita "Olha o Papai Noel chegou!!" Tentei subir a escadaria mas nisso um deles puxou minha blusa e disse "Papai Noel, esse ano você vai passar na minha casa? Porque nos outros anos você não foi. Moro ali ó (apontando o dedinho). Meu coração partiu, não sabia o que fazer, pensei em dar os presentes da caixa, mas lembrei que não tinha como arranjar um prá cada e dar camisas gigantes ou toalhas de banho com nome bordado  não iria melhorar a situação deles.
Dei um sorriso amarelo e com a voz rouca do velhinho disse que se o papai e a mamãe trabalharam bastante e mandaram a cartinha, mais tarde passaria lá e que não esquecessem que o principal é lembrar o nascimento do menino Jesus.
 Terminei de subir as escadas com lágrimas nos olhos  me sentindo péssima. Bati na janela, as meninas me viram. Entrei , elas não me reconheceram, fiz minha cena e saí pelos fundos. Me troquei na lavanderia, guardei a roupa e jurei que não ousaria usá-la mais, pois afinal prá ser Papai Noel não basta ser gordo e "ter saco", tem que ter "jogo de cintura" .  Com Papai Noel não se brinca de verdade!
A partir desse dia comemoro o Natal com outros olhos, confraternizo em família,  volto meu pensamento em Jesus e na necessidade  que temos de sua Luz. Lembro do que ocorreu e peço pelas crianças. Ter ou não presentes já não é mais importante. O fundamental é que o Verdadeiro Espírito de Natal esteja presente o ano todo para que nesta data a alegria se faça e crianças possam sorrir.
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Essa foi minha experiência como Papai Noel, em breve postarei um mico...
E vocês? Tem alguma história prá contar. Mande prá mim: roupariag@bol.com.br
Beijo
Pilar

2 comentários:

  1. E eu to procurando um trampo de mamãe noel para ganhar um troco nesse fim de ano, mas nao achei nada...hehe
    Muito legal sua história..rsrsr
    Bjkas
    Shirley Presse

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  2. Piii... Emocionante, engraçada, triste e linda sua história... Vc viveu muitas emoções em alguns minutos!!! Experiência incrível!!! Bjo amiga!!
    Dani

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